martedì 29 novembre 2005

CALMA APPARENTE

Gosto de ti... gosto dos teus olhos, das tuas maos, da tua expressao quando sorris... gosto de ti e dos teus silencios, gosto das tuas ausencias quando sei que voltas para mim, gosto de te sentir por perto e de saber que sentes a minha falta.... gosto de ti, das tuas palavras, das tuas manias, gosto das memorias que tenho de ti e das que sei que tens de mim... gosto de ti quando sinto saudades, quando escrevo o teu nome numa folha em branco, quando sorrio ao imaginar o que estaras a fazer... gosto de ti... so nao gosto que digas que so gosto de mim!

martedì 22 novembre 2005

NOMADI D'AMORE

- “O Beijo” - ouvi uma voz e virei-me assustada. O que vi sobressaltou-me ainda mais. Nao podia acreditar... ali estava ele, a minha frente, como se o tempo nao tivesse passado, como se tudo se mantivesse como antes, quando as nossas horas corriam entre a arte e o desejo urgente.
- Auguste Rodin, 1886! – repetimos em coro, como costumavamos fazer.
- Andas a procura de alguma coisa especifica? – perguntou, olhando a gravura e tirando-me o livro da mao.
- Pintores e escultores franceses do sec XIX! – respondi timidamente.
- Hmmm... uma excelente escolha! – disse entregando-me o livro e sorrindo. – Vejo que sabes onde procurar.
- Tive um bom professor!
Sorriu e avançou na minha direcçao parando poucos centimetros antes de me tocar. Pude observa-lo perfeitamente, o mesmo rosto delineado, fortemente masculino, salpicando de uma barba de tres dias, ligeiramente mais branca do que me lembrava. O cabelo continuava curto como lho conhececera, grisalho, e a pele perfumada, com o mesmo cheiro suave de sempre.

Quem me dera saber quanto tempo passou desde o primeiro olhar na Fnac do Chiado ate ao momento em que ele se desenvencilhava atabalhoadamente da minha blusa e a atirava para junto da cama. Diria que nao demorara nem um minuto... estava confusa, sentia as maos dele em todo lado, como se nao fossem simplesmente duas, mas uma centena, era uma tortura e eu ja nao queria esperar. Puxei-o para mim, mas ele resistiu.
- Nao sejas impaciente... – sussurrou. Mas eu era... desde sempre.
- Chega, por amor de Deus! – desta vez nao o deixei replicar.
E foi um mar de recordaçoes aquele em que mergulhei. Ja nao me lembrava do contraste da minha urgencia com a paciencia dele, do talento da maturidade, da arte de quem sabe bem o que faz...
- Nao queres ficar mais um bocadinho? – perguntou.
- Tenho de ir trabalhar! – sorri e dei-lhe um beijo. – Obrigada por contribuires para melhorar o meu dia!
- Nao queres que melhore o teu dia amanha?

giovedì 17 novembre 2005

STA PASSANDO NOVEMBRE

Você

Você que tanto tempo faz,
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei demais
Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você que já não diz pra mim
As coisas que preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que, eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade, aqui em mim
Você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.

Marina Elali
Composição: Roberto Carlos

martedì 15 novembre 2005

NELLE TUE MANI

Se vuoi credere in me devo dirti che io sono solo una mercante di stelle...

lunedì 14 novembre 2005

L'AMORE CHE VORREI

Nao desesperes... por favor, nao desesperes... ainda que tudo te pareça perdido... faz como eu, que te sinto sempre tao longe, que te desejo sempre mais perto, que ja nao sei onde te encontro, em que palavras te ouço, em que ruas te perco...
Nao desesperes, nao percas o senso, nao queiras desistir de me encontrar a tua porta, porque, ainda que o tempo me pareça uma eternidade e haja momentos em que tambem eu tenho vontade de chorar, sei, porque sinto, que esse dia vai chegar e que quando acordar, ao meu lado estaras tu...

mercoledì 9 novembre 2005

SARAI TU

E da un po' che ti penso, che ti sogno, che ti vedo... i tuoi gesti nei miei, sempre di piu', come una realta' che desidero, come una vita che verra'... sarai il mio piu' grande amore, il primo, l'ultimo, l'unico incancellabile ed eterno.
E da un po' che ti penso, piccolo mio, il tuo sorriso me lo immagino dolce e tenero, ti vedo fragile, ti prendo in braccio, ti amero'... sarai tu il figlio che avro'.

lunedì 7 novembre 2005

NIENTE DI VERO...

niente di vero, tranne gli occhi... sulle labbra soltanto bugie... vorrei capire, vorrei cambiare, vorrei scoprire come si fa a perdonare... niente di vero, tranne gli occhi... parole gridate, centomilla vite pero' niente di vero, tranne gli occhi... non c'e piu' niente di bello, non c'e musica tra di noi, e finita e non me ne pento... ho detto cio' che ho detto, ho detto cio' che penso, mi hai tradita, tutta me... quanto male mi hai fatto...
Di te? Niente di vero tranne gli occhi...

venerdì 4 novembre 2005

LA STORIA DI UN BACIO II

Aqui vai mais um pouco do meu livro... sem pretensao a publicaçoes, claro! :)

I

-Mãe, onde está a minha blusa azul clara que comprámos na quarta-feira? – Leonor desceu as escadas aos tropeções e de caminho teve tempo para provocar o irmão com uma palmada na cabeça. – Não a encontro!! Mãeee...
- Que foi, Leonor? – Matilde estava na cozinha a terminar de preparar o pequeno-almoço! – Importas-te de não gritar pela casa fora?
- Mãe, não encontro a minha blusa em lado nenhum! – disse um tom desesperado.
- Nem vais encontrar... está na máquina de lavar! As coisas que se compram primeiro lavam-se, depois é que se vestem! – respondeu-lhe a mãe sem tirar os olhos das torradas que barrava. – Há quantos anos te ando a ensinar isso?
- Não acredito! – exclamou a adolescente.
Matilde olhou para a filha e sorriu. Sabia muito bem o drama que aquilo podia ser para uma jovem de catorze anos, cheia de dúvidas, inseguranças, que passara a noite a pensar na blusa nova que tinha para estrear e de repente via os seus planos arruinados por uma mãe que punha tudo para lavar indiscriminadamente.
- Bolas, mãe, podias ter perguntado primeiro! – abandonou a cozinha, soltando lume pelos olhos.
- Eeeii!! – Lourenço cruzou-se com a filha mais velha nas escadas e pensou que acabara de passar por um furacão. – Esta fase nunca mais passa? – perguntou em jeito de brincadeira á mulher que se encostara á bancada de pedra.
- Está apenas a começar...! – disse sorrindo. – E depois desta tens mais um, terás bastante tempo para te habituares!
Ele deu a volta á mesa, aproximou-se da mulher e colocou uma mão de cada lado da bancada, deixando-a presa entre os seus braços. Ficou a observá-la em silêncio e viu um sorriso abrir-se-lhe no rosto em jeito de desafio. Lourenço olhou por cima do ombro certificando-se que nenhuma das crianças estava por perto.
- Estás muito sexy hoje... – atirou, ao mesmo tempo que lhe beijava o pescoço.
- A sério?
- Hmm-hmm! Tenho saudades tuas!
- Eu também tenho saudades tuas! – pousou a mão em cima da do marido. – Tenho saudades dos tempos em que podia fazer amor contigo quando me apetecia...
- Ainda podes... – beijou-a com urgência e puxou-a mais para si.
- Tenho é de me certificar que estás em casa e não a trabalhar como de costume! – pousou-lhe um leve beijo nos lábios e foi retirar do micro-ondas o leite para os cereais.
- Isso é uma queixa, Matilde?
- É, Lourenço! É uma queixa! – deixou o leite sobre a mesa e olhou o marido com intensidade. – Porquê, achas que não tenho motivos para me queixar?
Ele respirou fundo, pegou numa maçã e saiu de casa batendo a porta. Matilde ficou sozinha na cozinha, com uma mão sobre os lábios e com a habitual sensação de vazio no peito. Amava o marido desde o primeiro dia que o vira. Sentira naquele momento que nunca mais nada seria igual na sua vida e que iria com ele até ao fim do mundo, se lho pedisse. Haviam passado dezasseis anos e quando parava a olhar para ele conseguia lembrar-se de todos os motivos pelos quais se apaixonara. O altruismo, o bom senso, a inteligência... os olhos negros, as mãos fortes, a pele morena... depois de quinze anos de casamento ainda se sentia ansiosa pelo momento em que ele chegava e a abraçava, ainda pensava nele pelo menos cinquenta vezes por dia, ainda guardava na carteira os primeiros bilhetes de cinema e as primeiras fotografias dos dois. Continuava a desejá-lo como uma adolescente de dezassete anos e a sentir as forças abandonarem-na quando ele se aproximava para a despir.
- Mãe? – Afonso entrou na cozinha a arrastar o cão pela coleira! – Acho que o Goya tem fome!
Matilde sorriu e baixou-se para ficar á altura do filho e do cão. Agarrou o menino pela cintura e deu-lhe um beijo!
- Já lhe ponho comida, primeiro tens de tomar o pequeno almoço! – pegou nele e sentou-o á mesa. Fez uma festa no cão que se sentou como habitualmente ao lado do dono.
Pousou a taça dos cereais em frente ao filho e enquanto ele comia, aproveitou para o observar discretamente.
Aos cinco anos, Afonso era uma pequena cópia do pai. Pele escura, cabelo negro e olhos grandes. Os pormenores mais interessantes eram os das mãos e das expressões faciais. Perfeito. Era capaz de recordar com precisao o momento exacto em que sentira pela primeira uma onda de felicidade encher-lhe o coraçao de calor ao olhar para o filho. Tal como acontecera com Leonor alguns anos antes, soubera imediatamente que daria a vida por ele sem hesitar se precisasse e que o amaria mais que qualquer pessoa no mundo.
Afonso levantou os olhos da tigela ao sentir-se observado. Colocou a cabeça de lado e Matilde sorriu-lhe.
- Es lindo! – disse passando-lhe a mao pelo rosto.
- Es linda! – devolveu o filho com um sorriso aberto.

mercoledì 2 novembre 2005

I'LL MAKE UP FOR THIS I SWEAR...

I woke up today in London
As the plane was touching down
And all I could think about was monday
And maybe I'll be back around

If this keeps me away much longer
I dont know what I will do
You've got to understand its a hard life
That im going through

And when the night falls in around me
I dont think I'll make it through
I'll use your light to guide the way
Cause all I think about is you

Well L.A is getting kinda crazy
And New York is getting kinda cold
I keep my head from geting lazy
I just can't wait to get back home

And all these days I spend away
I'll make up for this I swear
I need your love to hold me up
When i'ts all too much to bear