giovedì 17 maggio 2007

ENSEÑAME TUS MANOS


Sem pressa de te acordar. De pés molhados no teu soalho, a água que se solta da pele... vais despertar, resmungar e chamar o meu nome, vais procurar-me, seguir-me... sem pressa, para me assustar.
Primeiro irritado, depois intrigado e quando sorrires, vou deixar que me encontres, que me olhes, que me tires todas as medidas que te cabem na mão e, de pés molhados no teu soalho, com a água doce que se solta da pele... recomeçamos.

mercoledì 9 maggio 2007

TE LO AGRADEZCO, PERO NO...


Custava-lhe acredita que houvesse mulheres piores que homens.
Enquanto a observava, deu por si a pensar se ela voltaria a telefonar.
Viu-a apertar a blusa, alisar a saia, enfiar com rapidez os dois pés em saltos altos. Teve vontade de a chamar pelo nome, de a fazer olhar para ele. Mas ela dirigir-lhe-ia apenas um sorriso apressado, como apressado era tudo o que fazia.
Procurou o telémovel e a chave do carro, atirou tudo para o fundo da mala e passou a mão pelo cabelo desalinhado.
- É pelo desporto? – atreveu-se finalmente, enquanto ela se preparava para sair. Ela olhou para ele como se o visse pela primeira vez.
- Não! É pelo prazer mesmo! Quando me apetece fazer desporto vou nadar!





giovedì 3 maggio 2007

IL RICORDO DI UN AMORE LASCIA IN BOCCA IL SALE...


Se pudesse contava-te Tóquio.
Se pudesses, pelas minhas mãos e de olhos fechados, contava-te Tóquio. Que fala da minha pressa, da minha sede, da minha vontade...
Se pudesse, mostrava-te Tóquio, inteira, dava-te o mapa e mostrava-te Tóquio. E depois de adormeceres, depois de desistires, acordava-te e contava-te Tóquio, onde só vive a imaginação...
Se pudessemos, sabes, mostrava-te Tóquio e depois, se quisesses, guardava-a no peito e dormia contigo.