giovedì 30 novembre 2006

SIM, DISSE ELE. O PRESIDENTE


Sou católica e de Direita. Combinação explosiva, diriam alguns. Mas sou mulher, cidadã e orgulhosamente pensadora. Sou democrata e enquanto a pergunta não fôr pessoal a resposta será sempre, sim, sou a favor. Sou a favor da mulher que em consciência decide não ter um filho, sou a favor da lei que garante a segurança e a saúde pública no meu pais, sou a favor da opção, do livre arbitrio e da liberdade de dispôr do próprio corpo.
Sou católica e de Direita. Combinação explosiva, bem sei... não sou hipócrita nem púdica, desejo que quem precisa de interromper uma gravidez possa fazê-lo livremente sem ser injustamente impedida por quem repúdia a ideia. Desejo que a lei deixe de estabelecer cidadãs de primeira – que vêem mais respeitado o seu direito de não interromper uma gravidez – e cidadãs de segunda que não podem em consciência escolher não ter um filho... desejo, como jurista, como portuguesa, como mulher que no dia 11 de Fevereiro, os cidadãos deste pais se importem, queiram saber e tomem posição, seja ela qual fôr.

lunedì 27 novembre 2006

QUASE PERFEITO

Podes vir, podes pedir, hoje podes exigir e eu serei aquilo que quisermos. Podes esperar que seja a mulher que te cria problemas, aquela que te complica a vida. Podes desejar que deixe voar as tuas fantasias, podes prender-me e esperar que me liberte, podes vir e podes pedir e no fim podes adormecer ao meu lado, obrigar-me a ficar presa ao teu peito. Podes esperar de mim que seja eu e se fores capaz deixo-te amar-me por isso.


venerdì 24 novembre 2006

NO SNOW...


Tinhas pedido que te avisasse quando nevasse pela primeira vez. Não nevou ainda. Acho que também não era suposto. Dizem os entendidos que só lá mais para Dezembro. Acho giro que eles saibam estas coisas, achei piada quando o Mr Cheong da mercearia se espantou quando lhe perguntei se não era suposto nevar em Novembro e entre vénias e um ternurento sorriso asiático me respondeu “que dispalate, menina, Novemblo mês de chuva, no snow!”... achei piada e fiquei a saber... para o ano já não pergunto disparates, quero lá fazer esta figura outra vez...
Depois aviso-te quando nevar. Venho a correr contar-te como foi e prometo que te mando uma fotografia do Mr Cheong... que me ensinou que em Nova Iorque não neva em Novembro.


martedì 21 novembre 2006

SO WHY DON'T WE GO...


Não é medo nem desconfiança,
não é receio ou incerteza...
não é nada que possas entender,
não é sensação que se explique...
não é medo de envelhecer,
pânico de desvanecer,
não é nada que conheças, não é...
não é só a minha vida,
não é um minuto que basta...
nada é como pensas...

Não é que te incomode
Não é que devesse
Não é nada do que foi...
Sei lá, não é por ti ou por mim
Não é melancolia
É a falta que me fazes
Um “sinto saudades”
A que não sou indiferente
Não é...
...como pensas.



lunedì 20 novembre 2006

QUANDO BASTAVA STRINGERSI DI PIÙ...


Quem quer um filho não insiste... vai embora, passa á frente, sai sem se despedir... quem quer um filho quer de quem ama que lhe entregue a vida noutro corpo e não pede, não pergunta, deseja e deseja a dois, como se fossem um, como se o importante fosse o tempo que passa depressa e não o amor que se sente... quem quer um filho... insiste, persiste, quer de quem ama e não abandona, não desespera, não perde a esperança... quem quer de quem ama um filho, quer e há-de querer eternamente... mas não insiste.


"non guardarmi adesso amore
sono stanca
perché penso al futuro

lo sai che non ti avro' e sul tuo viso
sta per nascere un sorriso

chi vuole un figlio non insiste."


venerdì 17 novembre 2006

PROVA DE RESISTÊNCIA...SUPERADA!!!!


Eu não dúvido que a Sra D. Maria João Rita Filomena Pinto da Cunha de Avilez seja fantástica a fazer milhentas coisas, quem sou eu, pois que ela descende da casa de Bragança, casou com um Sr com nome alemão, deu á luz cinco filhos, todos com apenas um nome próprio como a "noblesse oblige"... mas por amor de Deus... se insistem em pô-la a entrevistar o Presidente da República eu juro que corto os pulsos... ou mudo de país... não há quem aguente ouvi-la fazer observações completamente desenquadradas e perguntas desinteressantes durante mais de... vá, três minutos... caros coordenadores da SIC... socooooorrrooooo!!!
Ainda há quem diga que o Presidente é autoritário e austero... pobre homem, que lhe atentam á inteligência!

domenica 12 novembre 2006

IL MIO CANTO LIBERO...


Podia escrever-te, fazer mil perguntas... tenho dúvidas, sabes? Daquelas que custam a passar, que nos obrigamos a ignorar, dúvidas que assaltam a pele e os ossos, que estão cá dentro amarradas á alma, que deixam marcas que se veêm... e veêm-se porque não sabemos esconde-las, deixamos que subam ao rosto, que ganhem expressão, que mandem em nós sem sabermos mandar nelas... dúvidas que nunca acabam, que nos abandonam á nossa sorte, que nos mandam fazer de conta que não existem e escolher pela milésima vez outro caminho... podia escrever-te... ou tu a mim...

mercoledì 8 novembre 2006

MANIAS??? EU???


Um desafio... lançado pelo meu mui caro Asdrubal...

1) Durmo de cachecol. Sim, de cachecol e não, não morro asfixiada! Algum dia vou conseguir explicar que posso andar na rua sem ele na boa, mas se dormir sem cachecol no Inverno acordo com dor de garganta?? Pois, calculei que não!

2) O meu telémovel só conhece um modo... o silencioso! Odeio ouvi-lo tocar, odeio atendê-lo, portanto, anda sempre caladito! Já ouvi taaaaantooo por causa disso... é mania, não consigo contrariar!

3) Estaciono a minha bela viatura em qualquer lado e de qualquer maneira... confesso, sou um bocado descontraida demais... o melhor episódio aconteceu na cidade universitária quando deixei o carro em quatro piscas pra ir fazer um teste e quando voltei tinha um policia a cavalo, daqueles que não passam multas, a guardar-me o carro... há mais de uma hora! Correcto e afirmativo... bem querido o sr. agente, se não fosse ele sabe-se lá a que parque de reboques o teria ido buscar!

4) Compro peças de vestuário que sei á partida que nunca vou vestir... tipo um poncho, um panamá, achava eu que o ia usar quando chovesse – yeah right! – ou um casaco ensebado daqueles que cheiram a cavalo... meia dúzia de tareias bem dadas!

5) Ando sempre de óculos escuros... faça chuva ou faça sol, Inverno ou Verão, sou dependente e já cheguei a ficar em casa por não os encontrar pra sair... amo-os tanto que ás vezes nem me apercebo que já nem é de dia...


Convido os meus queridos:

As velas ardem sempre até ao fim
A sonhar também se vive
Espelho de mim mesma
No interior do Norte
Ana Luar

martedì 7 novembre 2006

WALKING BY


Em tantas ruas escolho uma. E desço enquanto todos sobem. Caminho em direcções opostas, perco-me, volto ás mesmas calçadas de sempre... e como sempre desço quando todos sobem... e em cada rosto vejo uma história, uma marca, uma vida... caminho depressa e devagar, alterno o compasso e desço quando todos sobem... em tantas ruas, escolhi uma... e hoje sei que foi a errada... e como sempre desci quando todos subiram.

lunedì 6 novembre 2006

THE 5TH OF SWEET NOVEMBER...


Pelo 2º ano consecutivo com um sabor especial...
I remember!
Sorry I wasn't there...

sabato 4 novembre 2006

NO U TURN


Hace frío, llove, tomo el metro lleno de gente que camina indiferente.
Oigo mi música y pienso en ti.
Que harás hoy, en tu nueva casa, que harás todos los días sin mi, sin el calor de nuestros besos, sin la intimidad de nuestros cuerpos… que harás ahora que no nos tenemos más…?
Harás como yo que sigo creendo en esta historia?



giovedì 2 novembre 2006

COME UNA DANZA X - E FOI ASSIM...


A chuva continuava a cair com força. Arrumei a última mala quando senti uma pancada na porta. Uma pequena folha de papel entrou pela frincha.
“Vim a voar. Cheguei a tempo?”
Ali estava ele, saido de uma tempestade de vento e água gelada, com a roupa ensopada e os olhos verdes, acesos, enormes.
- Vim fazer-te ficar... ou despedir-me... diz-me tu! – atirou, mantendo-se do lado de fora.
Estendi-lhe a mão, puxei-o para mim. Ele avançou e colou o corpo molhado ao meu, fazendo-me arrepiar de frio. Fi-lo tirar a camisa e toquei-lhe o peito pela primeira vez. Nos olhos vi-lhe surpresa, um desejo quase infantil.
Deixei-o avançar ao ritmo que quis, a blusa, o soutien, os jeans... as mãos ásperas do gesso, os modos delicados de um artista... falei-lhe ao ouvido, fiz-lhe pedidos que o fizeram sorrir e quando o guiei para mim, foi como se o mundo voltasse ao primeiro dia e a natureza impusesse a sua força.
Nunca vou saber como teria sido se tivesse encostado a cabeça ao peito dele, se tivessemos assitido juntos ao amanhecer, se tivessemos feito amor mais uma vez... nunca saberei se a vida passa a vida a testar-nos ou a oferecer-nos presentes, nunca saberei como teria sido se o tivesse acordado para me despedir... sei que nada me pertence e que não pertenço a ninguém mas sei quanto dói aprender a soltar as coisas que queremos guardar...