Era a quarta vez em apenas um mes que me via obrigada a cumprir aquele ritual que odiava. Esperei ate ao fim que a hospedeira terminasse a demonstraçao com o ar enfadado de quem repete vezes sem conta gestos que ha muito se tornaram automaticos e sem sentido.
Liguei o i-pod, volume quase no maximo, desejando que a musica familiar me roubasse a inquietaçao e me serenasse os nervos. Felizmente o voo era directo e em poucas horas estaria a tomar o segundo pequeno almoço do dia. Madrid mal amanhecera, o relogio marcava quase sete horas e o sol surgia timidamente por entre as nuvens. Quando voltasse a sentir fome teria andado para tras no tempo. Sabia bem onde queria tomar a minha proxima refeiçao matinal. Caminharia ao longo da 42nd Street em direcçao a’ Quinta Avenida. Compraria um pretzel na rua que terminaria antes de entrar no edifio. Estava tudo programado. Eu sabia que teria pouco tempo ate ser de novo localizada, havia tanta coisa para fazer e nada que me indicasse concretamente por onde começar.
“Salvador Dali” decidi.
Tinha de organizar a informaçao e de pegar numa ponta. Revi mentalmente o percurso, NY Public Library, Frick Art Reference Library e depois disso, quando nada mais me restasse, atravessaria a Museum Mile ate a’ Neue Gallery onde teria obrigatoriamente de me identificar. Seria recebida no enorme escritorio amplo, por um sorriso maldoso e uma mao macilenta. Esperava sinceramente que tudo aquilo valesse o esforço, a ultima coisa que queria era voltar a Madrid, tendo de admitir que efectivamente precisava de um mestre.
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3 commenti:
mais um capitulo delicioso!!!
storia d'arte promete.....
fico à espera do IV
:)bjinhos
E qeu tal Portugal?
Um "vá para fora cá dentro"?
(Chuac)
prometes q um dia dstes publicas?
E depois so t falta um filho! :-P
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