lunedì 16 ottobre 2006
COME UNA DANZA IV
Estou cansada, a garganta seca, o estômago que reclama. Desço e encontro-o de braços cruzados, encostado a uma das bancadas de trabalho. O olhar endurecido. Calções acima do joelho, t’shirt azul escura e botas de montanha.
- Quem foi que a mandou para ai? – atira com agressividade.
Demoro a perceber.
- Como?
- Quem foi que a mandou trabalhar nesse painel?
- O Matteo precisou de sair e...
Avança dois passos na minha direcção sem descruzar os braços.
- Sou eu que dirijo esta porcaria e não volta a mudar de sitio a menos que eu lhe diga, estamos entendidos? – a esta altura várias cabeças espreitam do alto dos andaimes á volta. – Não quero uma miúda a mexer nos meus frescos sozinha! – o tom de voz elevou-se e estou capaz de lhe atirar uma tábua á cabeça.
Respiro fundo, pego num pedaço de desperdicio que me tire a tinta das mãos e engulo a resposta. Saio da igreja sem que ele mexa um único músculo do corpo. A chuva cai com força e o contraste da água fria ajuda a baixar a pressão arterial.
Caminho devagar em direcção á Piazza della Signoria. Alguma vez tiveram a sensação que os problemas estão apenas a começar?
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3 commenti:
Respira fundo... conta até 3... 1, 2, 3... respira fundo novamente e estás pronta para o novo "combate".
Beijinhos
Adorei a tua descrição de todos os passos, percebo muito bem a raiva que deves ter sentido do imbecil.
não sabia que fazias restauros. para além disso também pintas?
só t calha disso! :-)
E a minha teoria sobrevive, problemáticos, mal educados, rústicos! Dobras isso ou desesperas antes de lá chegar? ;-)
besito desde madrid
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