mercoledì 14 settembre 2005

IL MIO NORD...

Numa confusão de sentidos sinto-me abandonar. Perco o norte, não reconheço os sons e num momento tudo ganha cores vibrantes que me obrigam a fechar os olhos. Mergulho no sal da tua pele e vejo a vida passar como um filme a sépia, como areia que escorre fina e macia por entre os dedos. Sinto as tuas mãos. Quentes, ávidas, curiosas. Estou tão longe de tudo e tão perto de ti.
A tua voz é rouca e serena. Ouço-a e o calor que me arrepia traz-me de volta a alma. Olhas para mim. Sorris. Eu sorrio-te e voltas a murmurar docemente palavras que quero ouvir. Beijas-me e recomeças lentamente, num compasso que conheço tão bem e uso a lucidez que recuperei para te provocar com o olhar de desafio que te tira do sério e para te dizer que continuo á espera, á tua espera e que estarei sempre assim enquanto a tua luz brilhar nos meus olhos, enquanto conseguir reconhecer os filhos que teremos nas cores do teu sorriso, enquanto o som do teu nome me guiar como um mapa até ao destino... estarei aqui.

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