mercoledì 7 settembre 2005

LE PAROLE CHE NON TI HO DETTO

Reconheço os sinais. A cor das palavras, a música nas entrelinhas… sinais… o brilho apagado de um olhar desgastado, as mãos cansadas de procurar um momento que possa evitar o desfecho da nossa história… o vento que mistura as madeixas de cabelo devolve-me á lembrança uma paixão. Nas tardes geladas de inverno, em que liamos livros diferentes e nos calávamos no silêncio de um olhar, nas manhãs em que o teu rosto me abraçava a inseguraça e o teu peito era o cais da minha vida, nas horas que perdias a olhar-me seriamente e a percorrer cada traço do meu corpo como um artista que pinta um quadro…em todos esses momentos os sinais eram outros.
Cada vez que o meu barco encalhava na maré, a luz do teu farol corria para me aquecer e o doce tormento de um grande amor voltava a pedir-me que acreditasse, que lutasse, que soubesse caminhar pelas estradas da predestinação.
Reconheço os sinais. Tão tristemente evidentes para continuar a abraçar o desejo que tenho de que tudo seja outra maré baixa, em vez de um turbilhão de ondas enormes que vêm para te levar para longe.

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