ONE... BUT NOT THE SAME

Se a cidade esperasse por nós... mas não... pudessemos fechar os olhos e partilhar mais do que a memória.. ouvir-lhe o pulsar e voltar... pudessemos fingir que o que foi não passou, que parou e que o tempo se concentrou em nós... mas não... voou... e a cidade que não espera deixou pouco mais que a memória que é pequena e que dói, como só dói o que não sara... se a cidade esperar por nós, se esperar... eu volto...

NON SONO MAI LONTANA

Hoje não tenho pressa. Quero sentar-me contigo, ouvir-te e responder-te o melhor que sei. Não é muito, bem sabes.
Prometo, hoje não vou olhar para o relógio, nem mudar mil vezes de posição, não vou apressar-te o fim das frases, nem perguntar “e depois?”... que não te assustem as minhas asas, não hoje que quero sentar-me contigo e responder-te... que não te amedrontem os meus castelos no ar, os meus sonhos de miúda, a minha irresponsabilidade que te parece coragem... prometo, fica tudo de lado, importas tu e os anos que já são tantos... importas tu, muito mais do que o tempo que parece voar, aqui, no banco de todas as horas, onde sei que te encontro e onde sabes que estarei sempre, para, sem pressa, me sentar contigo e te responder.

NOTHING 2 DO WITH U

É mais dificil quando me apetece fugir de mim... das histórias, das memórias, dos anos... fujo para perto, não sei fazer de outra maneira... e volta tudo... os sorrisos dos amigos de sempre, o bom senso dos pais heróis, a tatuagem das tuas mãos nas minhas...

Voltam as tardes quentes de verão, as tendas mal montadas, os carros empoeirados e sem ar condicionado, as noites de viragem de ano... voltam as fotografias de copos mal medidos, das cidades que conhecemos e de episódios que nem sempre foram nossos... e voltas tu e tudo o que não fizemos, tudo o que perdemos, tudo o que nunca poderemos ser... voltas tu, que sabes, mas não dizes, como eu...