Quero dançar... mal posso esperar que entres em casa, de sorriso cansado, quase estafado...
“Abençoado dom...” suspiras.
Sorrio. Sei tudo o que estás a pensar, de cor, como se te ouvisse cá dentro.
Empurro o teu casaco pesado para o chão, saboreio o teu cheiro, o da fazenda, o da chuva que trazes na pele e já adivinhas o que te vou pedir.
“Abençoado dom...” suspiras.
Sorrio. Sei tudo o que estás a pensar, de cor, como se te ouvisse cá dentro.
Empurro o teu casaco pesado para o chão, saboreio o teu cheiro, o da fazenda, o da chuva que trazes na pele e já adivinhas o que te vou pedir.
É a tua vez de sorrir, de colar os dedos às minhas costas, de encontrar o que procuras... um estalar súbtil deixa o meu corpo nas tuas mãos... “Abençoado dom...” sabes onde te quero, onde mais te desejo, adivinhas sem esforço e recomeças de novo.
Mal posso esperar... o teu cabelo nas minhas mãos, o teu queixo nas coxas... “olha para mim... queres dançar?”... se não conhecesse a tua boca talvez te respondesse, mas não tenho tempo e tu sabes onde te quero, uma e outra vez, com a fúria da tua urgência... “não esperes por mim...”...
Sorrio. Sabes tudo o que estou a pensar.
Pousa o cansaço no meu peito. Não saias daqui... nunca mais.
“Abençoado dom...” suspiras.
Sorrio. Sabes tudo o que estou a pensar.
Pousa o cansaço no meu peito. Não saias daqui... nunca mais.
“Abençoado dom...” suspiras.