Pelas ruas desta cidade que me conhece de criança... pelas vielas, pelas travessas, pelas calçadinhas dos bairros velhos... tropeço no empedrado polido pelos passos dos seculos, pelos teus e pelos meus sapatos de miudos, que crescemos tao depressa sem saber por que caminhos... aperto o casaco e ajeito o cachecol, os saltos prendem-se nos buracos e agora que ja sou grande desejava poder ser pequena e correr rua abaixo contigo, como faziamos nas tardes de verao... agora que ja sou grande venho as ruas de Alfama procurar as tuas sombras e as minhas memorias... sao as ruas desta cidade que amamos desde pequenos... desço as escadas e passo pela tua porta, que ha muito deixou de ser a tua porta e ja nao sei quem la mora mas reconheço o cheiro das tartes que a tua mae preparava... a tua mae que partiu sem avisar e te deixou no peito um vazio irreparavel e no meu uma magoa imensa pela mudança dos teus olhos... e esse dia foi o primeiro... sentaste-te num degrau e disseste-me baixinho “agora es a minha unica mulher!”.
E tu... seras sempre o meu homem da cidade... que manhã cedo acorda e canta, e por amar a liberdade, com a cidade se levanta...
martedì 31 gennaio 2006
lunedì 30 gennaio 2006
REGALO D'AMORE
Este ano, como em todos os outros, perco imenso tempo a pensar no teu presente de aniversario. Nunca fui de presentes tradicionais, tipo perfumes, DVDs e afins, nao gosto de oferecer molduras e esta fora de questao a gravata Armani... este ano, e diferente! Diferente de todos os que vivemos ate aqui, porque este ano nao somos dois, somos um cada um, eu sou eu, tu es tu, nos deixamos de ser nos e agora eu ja nem sei se te conheço para arriscar um presente.
Por isso, este ano, decidi oferecer-te o meu caderno de capa azul. Aquele que passaste anos a tentar visitar e que te escapou sempre por um motivo ou outro, aquele onde escrevi mil pormenores do meu amor por ti, mil prosas, mil versos, mil descriçoes das tuas feiçoes... este ano, que cumpres a idade que tanto me apaixona, vou deixa-lo embrulhado na tua caixa do correio nova, do teu apartamento novo, sem votos de Feliz Aniversario porque provavelmente nem te vais lembrar que fazes anos.
Feliz 30º aniversario!
Por isso, este ano, decidi oferecer-te o meu caderno de capa azul. Aquele que passaste anos a tentar visitar e que te escapou sempre por um motivo ou outro, aquele onde escrevi mil pormenores do meu amor por ti, mil prosas, mil versos, mil descriçoes das tuas feiçoes... este ano, que cumpres a idade que tanto me apaixona, vou deixa-lo embrulhado na tua caixa do correio nova, do teu apartamento novo, sem votos de Feliz Aniversario porque provavelmente nem te vais lembrar que fazes anos.
Feliz 30º aniversario!
giovedì 26 gennaio 2006
SAPESSI COM'E' STRANO
Io a Milano non ci sono piu’... purtroppo... invece tu amore, ci sei, come da sempre... la nostra Milano del cuore, la nostra citta’ buia, grigia, incantevole... la Milano dei sogni, dei monumenti, delle piazze affolate... della nebbia, degli amori... ti abbraccio Milano e bacio te.
Sapessi com'e' strano
sentirsi innamorati
a Milano.
Senza fiori, senza verde,
senza cielo, senza niente
fra la gente, (tanta gente)
Sapessi com'e' strano
darsi appuntamenti
a Milano.
In un grande magazzino,
in piazza o in galleria,
che pazzia.
Eppure,
in questo posto impossibile
tu mi hai detto ti amo,
io ti ho detto ti amo
ti amo
ti amo.
Sapessi com'e' strano
sentirsi innamorati
a Milano.
Senza fiori, senza verde,
senza cielo, senza niente
fra la gente, (tanta gente)
Sapessi com'e' strano
darsi appuntamenti
a Milano.
In un grande magazzino,
in piazza o in galleria,
che pazzia.
Eppure,
in questo posto impossibile
tu mi hai detto ti amo,
io ti ho detto ti amo
ti amo
ti amo.
lunedì 23 gennaio 2006
PORTUGAL MAIOR
sabato 21 gennaio 2006
LOVING NEW YORK
O aviao percorria a pista lentamente aproximando-se da zona de desembarque. Inclinei-me para espreitar pela janela e aproveitei para esticar os musculos entorpecidos por quase oito horas de viagem. A maravilhosa sensaçao de assentar finalmente os pes em terra invadiu-me deliciosamente, assim como a lembrança do teu rosto.
Esperei dez minutos pela minha vez, aturei as perguntas habituais do agente de fronteira e desapareci dali em tres segundos assim que ele agrafou ao passaporte o visto de permanencia. Depois de alcançar a minha mala que girava sozinha na passadeira, absorvi-me em pensamentos e deixei que o corpo fizesse sozinho o percurso ate a rua. Um frio gelado atingiu-me de surpresa e tenho a sensaçao que por momentos me faltou o ar.
Entreguei a mala enorme ao taxista, agradeci-lhe com um sorriso e indiquei-lhe uma morada. Ele entrou no carro e nao se calou durante quase uma hora de viagem. Eu deixei que os pensamentos voassem pela janela fechada do automovel, observei os suburbios, reparei nos carros, pensei no que estarias a fazer e por fim, ao longe, vi-a, magnifica como da ultima vez. Gigante e imponente, vestida de cinzento e branco, tao minha e tua... ele atravessou a Queensboro Bridge e finalmente ligou o radio, desistindo do monologo prolongado.
Quando entrei em casa, o silencio aconchegou-me. Percorri todos os cantos, vi o correio e deitei fora os restos do teu jantar mexicano.
Dormia um sono leve e intranquilo quando ouvi os teus passos no soalho. Nao precisei de me mexer, senti-te aproximar. E nao disseste nada. Sentaste-te ao meu lado no sofa e quando me atravessaste a alma como o olhar, soubeste... assim como eu soubera uns dias antes.
Esperei dez minutos pela minha vez, aturei as perguntas habituais do agente de fronteira e desapareci dali em tres segundos assim que ele agrafou ao passaporte o visto de permanencia. Depois de alcançar a minha mala que girava sozinha na passadeira, absorvi-me em pensamentos e deixei que o corpo fizesse sozinho o percurso ate a rua. Um frio gelado atingiu-me de surpresa e tenho a sensaçao que por momentos me faltou o ar.
Entreguei a mala enorme ao taxista, agradeci-lhe com um sorriso e indiquei-lhe uma morada. Ele entrou no carro e nao se calou durante quase uma hora de viagem. Eu deixei que os pensamentos voassem pela janela fechada do automovel, observei os suburbios, reparei nos carros, pensei no que estarias a fazer e por fim, ao longe, vi-a, magnifica como da ultima vez. Gigante e imponente, vestida de cinzento e branco, tao minha e tua... ele atravessou a Queensboro Bridge e finalmente ligou o radio, desistindo do monologo prolongado.
Quando entrei em casa, o silencio aconchegou-me. Percorri todos os cantos, vi o correio e deitei fora os restos do teu jantar mexicano.
Dormia um sono leve e intranquilo quando ouvi os teus passos no soalho. Nao precisei de me mexer, senti-te aproximar. E nao disseste nada. Sentaste-te ao meu lado no sofa e quando me atravessaste a alma como o olhar, soubeste... assim como eu soubera uns dias antes.
giovedì 19 gennaio 2006
LA MIA VERITA'
E' la verità
si dicono che,
che è meglio non fidarsi mai
resta vicino a me
se a questi occhi crederai
cercavo te
sei l’altra metà di me
è la verità
credi solo a me
sotto al sole che ci fa sudare e ridere
amo solo te
bacio solo te
giuro che non ti tradirei
è la verità
Giorgia - 'E la verita'
si dicono che,
che è meglio non fidarsi mai
resta vicino a me
se a questi occhi crederai
cercavo te
sei l’altra metà di me
è la verità
credi solo a me
sotto al sole che ci fa sudare e ridere
amo solo te
bacio solo te
giuro che non ti tradirei
è la verità
Giorgia - 'E la verita'
lunedì 16 gennaio 2006
QUESTO IO VOLEVO DIRE A TE
Posso finalmente publicar a tua carta de despedida. Aquela que tive enfiada numa gaveta junto aos post-its e aos envelopes durante demasiado tempo. Nunca a tinha lido antes, continuava fechada tal como a deixaste em cima da cama. Achei sempre que no dia que a lesse seria para mudar alguma coisa na minha vida.
“Aposto que esta carta nao vai ser aberta no dia que em que olhares para ela pela primeira vez. Nao por falta de vontade de leres o que tenho para te dizer, mas por saberes que a nossa historia foi demasiado longa para ser arrumada num caixote em tres dias. Desculpa se nao fiquei para te ver acordar, mas se o fizesse nunca mais seria capaz de largar a tua mao, sabes que nunca fui muito forte ao contrario da minha loucura por ti.
Estou para aqui a tremelicar com a porra de uma caneta na mao, sem saber para que estrada desviar as palavras, vendo-te deitada a poucos metros, dormindo naquelas posiçoes estranhas que so o teu corpo conhece, com um cachecol enrolado ao pescoço... so...esta calor aqui dentro, mas la fora esta um temporal desgraçado. Foi um verao estranho o que vivemos, sempre colados um ao outro, quase mais irmaos que amantes... mas agora, que a cidade amanhece na tua alma, sei que nao posso ficar... porque te amo demasiado e sei que nunca poderas perdoar-me. Conheço-te tao bem... sei que infelizmente acabei de marcar a tua vida a ferro e fogo e que nunca mais seras a miuda sem protecçoes que se entregava num sorriso... perdoa-me... porque so agora percebo como foi insignificante o que fiz e como foi grande o mal que te causei... conheço-te tao bem e sei que nunca passaras por cima disto. Ficar ao teu lado seria assistir a transformaçao do teu amor em magoa e isso, sabes que nao poderia aguentar.
Sei bem onde estaras daqui a dez anos! Sei que seras uma mulher forte, estavel e preserverante. Tu nao saberas, mas estarei la, a torcer pelo teu sucesso, pela vida cheia de felicidade que eu nunca poderei partilhar.
Filipe
“Aposto que esta carta nao vai ser aberta no dia que em que olhares para ela pela primeira vez. Nao por falta de vontade de leres o que tenho para te dizer, mas por saberes que a nossa historia foi demasiado longa para ser arrumada num caixote em tres dias. Desculpa se nao fiquei para te ver acordar, mas se o fizesse nunca mais seria capaz de largar a tua mao, sabes que nunca fui muito forte ao contrario da minha loucura por ti.
Estou para aqui a tremelicar com a porra de uma caneta na mao, sem saber para que estrada desviar as palavras, vendo-te deitada a poucos metros, dormindo naquelas posiçoes estranhas que so o teu corpo conhece, com um cachecol enrolado ao pescoço... so...esta calor aqui dentro, mas la fora esta um temporal desgraçado. Foi um verao estranho o que vivemos, sempre colados um ao outro, quase mais irmaos que amantes... mas agora, que a cidade amanhece na tua alma, sei que nao posso ficar... porque te amo demasiado e sei que nunca poderas perdoar-me. Conheço-te tao bem... sei que infelizmente acabei de marcar a tua vida a ferro e fogo e que nunca mais seras a miuda sem protecçoes que se entregava num sorriso... perdoa-me... porque so agora percebo como foi insignificante o que fiz e como foi grande o mal que te causei... conheço-te tao bem e sei que nunca passaras por cima disto. Ficar ao teu lado seria assistir a transformaçao do teu amor em magoa e isso, sabes que nao poderia aguentar.
Sei bem onde estaras daqui a dez anos! Sei que seras uma mulher forte, estavel e preserverante. Tu nao saberas, mas estarei la, a torcer pelo teu sucesso, pela vida cheia de felicidade que eu nunca poderei partilhar.
Filipe
domenica 15 gennaio 2006
MUSICA E'
Lembro-me de pensar que era uma pena que nao soubesses tocar viola. Porque sempre adorei musica e sempre acreditei que um amor sem musica e um amor sem qualquer coisa. Depois explicaste-me que nao tocavas viola, mas que o teu coraçao tinha uma harpa que tocava baixinho e que eu ouviria sempre que encostasse a cabeça ao teu peito. Nao acreditei nessa historia, mas achei-a bonita.
Lembro-me de pensar que por mais tempo que passasse nunca seria capaz de te reconhecer na multidao. Depois disseste-me que de olhos fechados aprenderia a seguir os teus passos. Nao achei que fosse possivel, mas pareceu-me ternurento.
Hoje lembro-me... de ti, da tua harpa e dos teus passos... e das tuas certezas e das tuas vontades... hoje sei porque e que aprendi a ouvir a tua musica e a encontrar-te na multidao... mas hoje, que ja nem me lembro que nao sabes tocar viola, sei que musica sem amor e musica sem qualquer coisa.
Musica e’... la danza regolare di tutti i tuoi respiri su di me
Lembro-me de pensar que por mais tempo que passasse nunca seria capaz de te reconhecer na multidao. Depois disseste-me que de olhos fechados aprenderia a seguir os teus passos. Nao achei que fosse possivel, mas pareceu-me ternurento.
Hoje lembro-me... de ti, da tua harpa e dos teus passos... e das tuas certezas e das tuas vontades... hoje sei porque e que aprendi a ouvir a tua musica e a encontrar-te na multidao... mas hoje, que ja nem me lembro que nao sabes tocar viola, sei que musica sem amor e musica sem qualquer coisa.
Musica e’... la danza regolare di tutti i tuoi respiri su di me
domenica 8 gennaio 2006
DIVIETO DI SOSTA
Sim, eu sei, nao precisas de dizer nada... nao podemos... por tudo, por nada, por coisas que poderiam parecer insignificantes se quisessemos, mas que nao sao... eu sei, nao precisas de dizer nada... e se eu te dissesse que nao quero promessas? Que nao te peço nada, que nao faço perguntas, que nao nos complico a vida... sim, eu sei... nao podemos... mas posso continuar a adorar as tuas maos, o teu jeito infantil de sorrir, o som da tua voz... queria que tudo fosse ao contrario, que pudessemos... e se pudessemos eu ia descobrir trinta mil formas de te fazer sorrir... e se pudessemos eu ia perder o medo de caber na tua mao e de ficar presa nela para sempre...
sabato 7 gennaio 2006
AUGURI MAMMA
Oggi e il primo giorno speciale del anno... perche’ e’ il tuo giorno, quello in cui sei venuta al mondo... nonostante le dificolta’... oggi guardo indietro e ancora una volta non riesco a credere... il tempo va troppo in fretta e ora, che sono grande come te, ti posso guardare negli occhi e vedere la mia piu’ grande compagna, l’amica di tutta la vita’, l’unica al mondo che mi capira’ sempre, senza troppe domande.... sei tu, mamma, solo tu... senza di te non ce la avrei mai fatta ad arrivare qui... sei la donna della mia vita!
Felice compleanno, mamma
Ti amo
Tua figlia
Felice compleanno, mamma
Ti amo
Tua figlia
mercoledì 4 gennaio 2006
VIAGGIO CON TE
Acordei e soube que tinhas partido. Num aviao branco e enorme, com uma asa de cada lado, que sobrevoa meio mundo e te afasta lentamente. Sabia que nao te podia impedir, mas tinha esperança que o meu amor te fizesse desistir... mentira, sempre soube que as tuas asas sao enormes e que as tuas raizes nao existem, sempre senti que um dia acordaria com esta certeza de que nunca mais te veria... mas hoje que acordei e soube que tinhas partido, foi como se o mundo inteiro me engolisse num soluço infinito e eu ja nao fosse capaz de viver!
Quando as recordaçoes me atingirem, quando as lagrimas me inundarem a alma, prometo ser forte. Vou fingir que me convidaste para jantar, que me levaste ao cinema e que me deixaste entrar devagarinho na tua casa, observando cada traço teu, deixando-me invadir o teu quarto, num beijo cheio de voltas redondas e deitar-te na cama no compasso que gostas... se aqui estivesses de certeza que me chamavas louca, eu sei, mas nao sou capaz de deixar de sonhar contigo, de fazer de conta que es um capitulo encerrado, uma historia acabada... sou a mesma idiota de sempre que num canto cheio de po, guardara a tua imagem e as tuas palavras e um dia, quando tudo isto acabar e eu segurar no colo os meus filhos, poderei finalmente olhar para tras e dizer que cresci... contigo.
Quando as recordaçoes me atingirem, quando as lagrimas me inundarem a alma, prometo ser forte. Vou fingir que me convidaste para jantar, que me levaste ao cinema e que me deixaste entrar devagarinho na tua casa, observando cada traço teu, deixando-me invadir o teu quarto, num beijo cheio de voltas redondas e deitar-te na cama no compasso que gostas... se aqui estivesses de certeza que me chamavas louca, eu sei, mas nao sou capaz de deixar de sonhar contigo, de fazer de conta que es um capitulo encerrado, uma historia acabada... sou a mesma idiota de sempre que num canto cheio de po, guardara a tua imagem e as tuas palavras e um dia, quando tudo isto acabar e eu segurar no colo os meus filhos, poderei finalmente olhar para tras e dizer que cresci... contigo.
ONE FLIGTH DOWN
Deixa-me ficar... so hoje
Prometo que sera a ultima vez
Nao voltarei a tua casa
Mas hoje, deixa-me ficar
Deixa-me recordar os teus passos
O sabor da tua pele
As noites de maos entrelaçadas
E de sonos perdidos
Deixa-te ficar ao meu lado
Perdoa os meus silencios
E faz o que sabes fazer
Esta noite... so esta noite
Nao volto a abrir a boca
As despedidas estao feitas,
Mas hoje, so hoje
Voa comigo... a ultima vez
Prometo que sera a ultima vez
Nao voltarei a tua casa
Mas hoje, deixa-me ficar
Deixa-me recordar os teus passos
O sabor da tua pele
As noites de maos entrelaçadas
E de sonos perdidos
Deixa-te ficar ao meu lado
Perdoa os meus silencios
E faz o que sabes fazer
Esta noite... so esta noite
Nao volto a abrir a boca
As despedidas estao feitas,
Mas hoje, so hoje
Voa comigo... a ultima vez
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