mercoledì 31 gennaio 2007
SE LO DICES TÚ...
Quantos passos dei para te ouvir...
Quantos idiomas saltei... e aprendi á força de te tocar a pele... o teu...
O que ficou tatuado na cintura onde as tuas mãos pousaram, o que ficou preso á lingua por só reconhecer a tua... e quantos passos deste tu que dizias tão pouco?
Quisera eu que nos encontrassemos no caminho... mas fi-lo inteiro para te ouvir e ainda hoje fazes eco...
No te quiero más... peró... se lo dices tu...
venerdì 26 gennaio 2007
TEU NOME... LISBOA
Não, não me canso da cidade. Nem do trânsito, nem dos semáforos, nem dos autocarros amigos do ambiente. Nem do metro, nem das Bershkas cheias de adolescentes, nem das refeições que aprendi a engolir com pressa.
Não me cansam os turistas de mapa na mão, os pombos que enchem as praças... não me canso de olhar esta cidade quando amanhece ou quando o sol mergulha no Tejo ou quando as luzes se acendem na Baixa... não me canso de a amar e ela não se cansa de me encher a alma... quem dera que entendesses este amor pequeno que me cabe nas mãos e no olhar...
giovedì 25 gennaio 2007
ALL GOOD THINGS...
“Sabia que te encontraria aqui!”
Sentaste-te de pernas cruzadas num dos degraus esburacados.
“Quantos dias passaram?”
“Sete” respondi sem levantar os olhos do chão. E enquanto a luz do farol varria a falésia á nossa frente, as sombras distantes dos barcos ao largo faziam recordar o entardecer de tantos Verões em que dois miúdos de pele morena e cabelos molhados esperavam impacientes pelo acender do farol.
Nunca cheguei a dizer-te que passou. Passou depressa depois daquele dia na falésia. Desapareceu devagar, como as recordações que deixámos partir com afecto...
venerdì 19 gennaio 2007
NA PELE DO JUIZ...
A discussão está ao rubro. Cheia de contornos e de atrasos legais. Que valor tem o amor por uma criança em confronto com a lei de um Estado de Direito?
Permito-me algumas considerações:
- A adopção é ilegal. O consentimento para adopção tem de ser dado por ambos os pais, o que não aconteceu. Para contornar a questão, a mãe declarou a filha de pai incógnito, mesmo depois de ter ido bater á porta do sujeito com quem sabia ter concebido uma criança, para o informar desse mesmo facto.
Terá esta senhora tido durante o parto uma perturbadora amnésia que a fez esquecer-se de quem era o pai da filha na hora de preencher a certidão de nascimento?
- Depois de ter efectuado os testes, o pai biológico provou em tribunal a paternidade da criança em questão. Ela tinha 2 anos e o tribunal ordenou que ela fosse imediatamente entregue ao pai, com um periodo de transição entre os pais adoptivos e a nova situação familiar.
Processo que aos 2 anos não tem as mesmas consequências que terá aos 6.
- Os pais adoptivos entenderam recorrer primeiro e entregar a criança depois. Assim sendo e depois de terem sido notificados 3 vezes para cumprir as ordens do tribunal acharam por bem desaparecer do mapa e levar a criança. Recurso puxa recurso, empata daqui, empata dali, daqui a pouco a menina casa-se e já não precisa de regulação de poder paternal.
- O tribunal decide em 2007 – 3 anos e meio depois – condenar o pai adoptivo em 6 anos de prisão pelo crime de sequestro.
E aqui continuam as atrocidades legais.
Primeiro ponto; o sequestro (diferente do rapto no sentido em que o rapto pressupõe violência) prevê uma pena de prisão até 3 anos.
Quando esta é a moldura penal, não pode existir aplicação de prisão preventiva – que existiu.
Segundo ponto, para haver crime é essencial que estejam preenchidos os elementos objectivos e subjectivos do tipo legal. Os primeiros dizem respeito ao comportamento em si e ao agente, existe um afastamento da criança da comunidade em que estava inserida, mas dificilmente podemos considerar que ela esteja detida ou presa ou privada da sua liberdade.
E aqui, chegamos ao elemento subjectivo, para haver sequestro é necessário que quem sequestra queira “privar de liberdade”... será o caso?
Tanto haveria a dizer, mas a esta hora já devem ter ido visitar outro blog...
Permito-me algumas considerações:
- A adopção é ilegal. O consentimento para adopção tem de ser dado por ambos os pais, o que não aconteceu. Para contornar a questão, a mãe declarou a filha de pai incógnito, mesmo depois de ter ido bater á porta do sujeito com quem sabia ter concebido uma criança, para o informar desse mesmo facto.
Terá esta senhora tido durante o parto uma perturbadora amnésia que a fez esquecer-se de quem era o pai da filha na hora de preencher a certidão de nascimento?
- Depois de ter efectuado os testes, o pai biológico provou em tribunal a paternidade da criança em questão. Ela tinha 2 anos e o tribunal ordenou que ela fosse imediatamente entregue ao pai, com um periodo de transição entre os pais adoptivos e a nova situação familiar.
Processo que aos 2 anos não tem as mesmas consequências que terá aos 6.
- Os pais adoptivos entenderam recorrer primeiro e entregar a criança depois. Assim sendo e depois de terem sido notificados 3 vezes para cumprir as ordens do tribunal acharam por bem desaparecer do mapa e levar a criança. Recurso puxa recurso, empata daqui, empata dali, daqui a pouco a menina casa-se e já não precisa de regulação de poder paternal.
- O tribunal decide em 2007 – 3 anos e meio depois – condenar o pai adoptivo em 6 anos de prisão pelo crime de sequestro.
E aqui continuam as atrocidades legais.
Primeiro ponto; o sequestro (diferente do rapto no sentido em que o rapto pressupõe violência) prevê uma pena de prisão até 3 anos.
Quando esta é a moldura penal, não pode existir aplicação de prisão preventiva – que existiu.
Segundo ponto, para haver crime é essencial que estejam preenchidos os elementos objectivos e subjectivos do tipo legal. Os primeiros dizem respeito ao comportamento em si e ao agente, existe um afastamento da criança da comunidade em que estava inserida, mas dificilmente podemos considerar que ela esteja detida ou presa ou privada da sua liberdade.
E aqui, chegamos ao elemento subjectivo, para haver sequestro é necessário que quem sequestra queira “privar de liberdade”... será o caso?
Tanto haveria a dizer, mas a esta hora já devem ter ido visitar outro blog...
mercoledì 17 gennaio 2007
AS TIME GOES BY...
És assim, como os miúdos empoeirados que jogam á bola no bairro.
Travesso, enviesado, do avesso. Contrariado, de sorriso cansado e olhar inocente.
Nos ombros caiu mais que o peso do mundo, nos teus e depois nos meus e depois nos nossos de amantes descompassados, eu no teu futuro, tu no meu passado...
Estou adiantada na tua vida. Derrubei relógios, saltei uma década, quis aparecer sem me veres como se não tivesse pressa de chegar. Mas tinha. Tanta que não consegui disfarçar a vontade de te querer cedo demais.
lunedì 15 gennaio 2007
ESCOLHER OUTRO PAÍS... POSSO???
Meus grandes queridos, é oficial!
Este país ensandeceu, que é como quem diz, endoidou de vez, que é como quem quer dizer, está de pantanas, literalmente a dar as últimas!
E perguntam vocês, o que terá acontecido a esta moça que só agora acordou pra vida?
Tinha esperança, vá se lá saber porquê!
Digam-me por amor da santinha, quem raio são Hélio Pestana, Jorge Nuno Pinto da Costa, Maria do Carmo Seabra, Ricardo Araújo Pereira, Cristiano Ronaldo, Vitor Baia... quer dizer, até a boa vontade tem limite...
Grandes portugueses? Sejamos sérios, a maior parte desta gente não faz a menor ideia do que é ser grande ou tão pouco português... a vergonha sobe-me devagarinho pela corrente sanguinea e faz-me disparar o cérebro que atingiu o limite!
Não suporto mais este país de gente histérica que faz filas de duas horas no último dia de uma exposição que está aberta há mais de dois meses, que se acotovela nas bombas de gasolina na véspera de um aumento de 1 cêntimo, que leva rebanhos de criancinhas ranhosas para apresentações da porra do movimento pelo NÃO, que tira a carta de condução ao serralheiro mas a deixa no bolso de um brasuca que não sabe dar dois pontapés numa bola, porque é figura pública.... voltamos ao ponto de partida... que triste que estou num país onde basta tão pouco para se ser grande...
mercoledì 10 gennaio 2007
A LITLLE BIT OF U
Sabia que o preço a pagar era alto. Mesmo assim, quando ele apareceu na ombreira da porta, despenteado e com barba de três dias não pude deixar de sorrir. Reconheci-lhe o jeito timido, o olhar verde cerrado, os maxilares contraidos. E as botas de montanha e as mãos manchadas de tinta...
Deixei-o entrar e o silêncio que sempre falou tanto por nós, fez o resto. Sem pressa, com pressa, com mágoa, cheio de saudades caladas á força. E voltou a noite de chuva em que o abandonei na minha cama em Florença.
- Não podia ter ficado... – procurei-lhe as sombras do rosto. Estavam lá, como antes, mas mais vincadas, entorpecidas.
Num beijo aquecido calou-me a ansiedade. Apertou-me contra o peito. E eu soube. Deixei que o sono chegasse embalado pela sensação do corpo que encaixa no nosso. Apaixonei-me mil vezes naquela noite, uma e outra vez, sem medo.
Uma única certeza... o frio da manhã seguinte e a ausência de quem também não viera para ficar.
martedì 9 gennaio 2007
LA VERITÀ SI OFFRE NUDA A NOI...
sabato 6 gennaio 2007
venerdì 5 gennaio 2007
POSTCARD FROM PARIS
"Voltei a Paris.
E fui atropelado pela absurda certeza de que para mim houve sempre um só caminho. Voltei e até sou capaz de sorrir enquanto beijo a mulher que trouxe comigo, até posso segurar-lhe a mão enquanto atravessamos as Tuilleries ou ouvir-me repetir um “amo-te” vazio e opaco como são todos os que disse antes e depois de ti. Posso, sabes? Posso tudo porque nada é importante, nada é sincero como quando eras tu e aqui, onde estás mais do que em qualquer outro lugar só posso ser desleal e sorrir e esperar que este postal se perca a caminho de casa e que não leias nunca a minha tristeza... no regresso a Paris."
martedì 2 gennaio 2007
FOI O MEU 2006
Conheci Londres, Amsterdão, Roterdão e Barcelona
Revi Lost in Translation e todas as séries do Sexo e a Cidade, House, 24, Desperate Housewives e apaixonei-me por Numb3rs
Comecei o estágio
Tirei centenas de fotos aos meus amigos
Vi finalmente o bailado “O Lago dos Cisnes”
Fiz a Queima das Fitas
Tirei nota a Direito Internacional Privado
Perdi um grande amor
Fiz milhentas parvoices com o traje académico vestido
Visitei o British Museum, a Tate Gallery, o Museum Boijmans Van Beuningen Rotterdam, o Rijksmuseum, o Van Gogh Museum e o Museu Picasso
Não perdi o medo de andar de avião
Fiquei orgulhosa das minhas seleções nacionais neste Mundial, 1º e 4º lugares
Apaixonei-me pelo Japão
Escrevi muito
Escolhi a data do meu casamento e o nome dos meus filhos
Não perdi amigos
Vi a exposição de Amadeo de Souza Cardoso
Li 36 livros e reli os 6 Harry Potter
Entrei em contacto com a World Child International e não tenho preferência, menino ou menina, Nepal, Cambodja, Vietnam... tanto faz!
Fiquei triste com o meu Benfica e com o meu Milan
Vi menos cinema do que gostaria e adorei “The Departed”
Deixei de ser Escoteira
Tive um acidente de carro e tive medo
Senti saudades
E que venha 2007... senza paura!
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