sabato 30 dicembre 2006
venerdì 29 dicembre 2006
YAKUSOKU...
Sonhei Kyoto. Sem protocolos, não te atormentes.
Sonhei as folhas de Outono que nunca vi cair assim, pisadas pelo passo incerto das Maiko, empoleiradas em dolorosas Pokkuri, perdidas do mundo em Gion... crianças aprendizes de mulher crescida, Gueishas serão chamadas um dia... sonhei Kyoto... com as machiyas que o país foi esquecendo, com os jardins Zen, com o Toji... sonhei Kyoto dos nossos planos, de olhos fechados sobre as pedras de Kiyomizudera pedi a sorte do templo a Buddha... sonhei Kyoto... nosso... himitsu...
giovedì 28 dicembre 2006
A LA PRIMERA PERSONA...
Não choveu, fez sol... o ano todo! E foi o primeiro vazio, a primeira ausência... pergunto-me, terás ouvido o Sanz cantar-te baixinho, terás querido partir ou magoar-me, ou tudo ao mesmo tempo ou nada disso, terás sentido aquela noite a minha mão...? A la primera persona... não disseste, mas fizeste e doeste.
mercoledì 27 dicembre 2006
THINGS CAN GET MUCH BETTER
Uma mulher em crise. De inspiração, de razão, de sensatez... crise como só a crise sabe ser, confusa, intensa, cheia de nós sem pontas, de nem ata nem desata... uma mulher em causa própria com problemas de causa alheia, sabe Deus o que resolve, sabe Deus como decide... uma mulher, uma crise... talvez seja a meia idade, nunca se sabe onde é o meio... haja crise, não haja crise, vamos lá ver se há mulher!
domenica 24 dicembre 2006
sabato 23 dicembre 2006
E JÁ CHEGÁMOS AQUI... ELE E EU...
giovedì 21 dicembre 2006
E QUANDO AGARRO A MADRUGADA...
Pelas ruas desta cidade que me conhece de criança... pelas vielas, pelas travessas, pelas calçadinhas dos bairros velhos... tropeço no empedrado polido pelos passos dos séculos, pelos teus e pelos meus sapatos de miúdos, que crescemos tão depressa sem saber por que caminhos... aperto o casaco e ajeito o cachecol, os saltos prendem-se nos buracos e agora que já sou grande desejava poder ser pequena e correr rua abaixo contigo, como faziamos nas tardes de Verão... agora que já sou grande venho ás ruas de Alfama procurar as tuas sombras e as minhas memórias... são as ruas desta cidade que amamos desde pequenos... desço as escadas e passo á tua porta, que há muito deixou de ser a tua porta e já nem sei quem lá mora mas reconheço o cheiro das tartes que a tua mãe fazia... a tua mãe que partiu sem avisar e te deixou no peito um vazio irreparável e no meu uma mágoa imensa pela mudança dos teus olhos... e esse dia foi o primeiro... sentaste-te num degrau e disseste-me baixinho “agora és a minha única mulher!”.
E tu... serás sempre o meu homem da cidade... que manhã cedo acorda e canta, e por amar a liberdade, com a cidade se levanta...
martedì 19 dicembre 2006
DESTINAZIONE: PARADISO
Tinha prometido que era a última vez, lembras-te?
Uma promessa estranha, arrancada numa noite de mãos suadas e corpos acontentados... um acordo sussurrado depois da alma extenuada, depois da fúria, da energia, da vontade... tinha prometido, mas depois disseste baixinho “abraça-me” e o mundo deixou de fazer sentido sem o nó dos teus braços... uma promessa quebrada, como quebrei todas as que te fiz, em dias de chuva, em noites de lua nova, na escuridão do teu quarto ou do meu, nas conversas atabalhoadas de quem discute por prazer... mas depois disseste baixinho “abbracciami” e a minha memória toldou-se e esqueci-me das promessas que te fiz... tinha prometido que era a última vez...
Mas estou aqui... se puderes amar-me... sem promessas...
domenica 10 dicembre 2006
venerdì 8 dicembre 2006
ONE NIGHT LOVE AFFAIR...
Abriu a porta á terceira batida suave na madeira. Estava tudo errado e ela sabia. Não devia sequer ter aceite que viesse, não podia ter cedido quanto mais permitir-se um minuto que fosse na presença dele. Ele entrou e fechou a porta sem descolar o olhar do dela. O cabelo negro que o vento despenteara, os olhos escuros e a expressão contraída. Estava tudo errado e ela sabia.
Em segundos colocou-lhe as mãos na cintura e num único movimento encostou o corpo ao dela, empurrando-a para a parede. E ela deixou que procurasse a sua boca, sem cerimónia, que a tomasse e se perdesse como ela já se perdera.
Estava tudo errado, não estava?
Sem questionar, sem ponderar, apenas a confusão da pele nua que se arrepia ao toque, das mãos que premem botões, dos lábios que descobrem recantos... sem perguntas... só olhos nos olhos, sorrisos espontâneos, só instinto... sem remorsos ou pesares, apenas corpos que se entregam, que se concedem... e já nada parecia errado enquanto tudo acontecia como devia acontecer, a pele incendiada pelo torpor dos amantes, os suspiros arrancados ao peito... porém, já nada podia ser mais errado... e eles sabiam.
giovedì 7 dicembre 2006
GUESS I COULD USE SOME HELP HERE...
Não consegui enfiar a tralha toda na mala, paguei 50 dólares para atravessar a cidade com um taxista paquistanês e alucinado, tive de implorar á fulana da Delta Airlines que não fechasse a porra do check in antes de eu passar, fui apalpada até ao cérebro por duas afro-americanas que nem me olharam pra fronha... não podia estar a correr melhor, não te parece? Enganas-te! A cidade está atolada em neve, os espaço áereo está atravancado até ao nó e no painel o meu vôo diz... delayed... queres melhor? Também se arranja, ao meu lado tenho uma mãe com quatro crianças entre os 2 e os 8 anos e estão todos a chorar! O primeiro tem sede, o segundo tem fome, o terceiro tem saudades do pai e o quarto chora porque os irmãos estão tristes... e de mim ninguém tem pena? Raios parta isto, estava tão bem embrulhada num cobertor enorme no teu apartamento do Soho...
mercoledì 6 dicembre 2006
GREAT SEXPECTATIONS
"Fuck me badly once, shame on you. Fuck me badly twice, shame on me." Samantha Jones
- E o que é que fizeste?
- Enfiei a cabeça debaixo da almofada e desejei que ele lá não estivesse quando abrisse os olhos!
- Estava?
- Estava! E a sorrir, como se tivesse acabado de fazer uma proeza...
- Arghhh...
- Pois...
lunedì 4 dicembre 2006
DECEMBER IN THE CITY
Obrigada pelo conselho. Na verdade, hoje, nunca teria trazido o gorro que me ofereceste. Não hoje, que nos perdemos na Broadway embalados por Julianne Moore, que descemos a 5ªAv a debater politica, que me fizeste encestar bolas contigo numa loja NBA cheia de miúdos... obrigada pelo conselho, hoje nunca teria saido de casa com ele... não hoje que te arrastei comigo á Manolo Blahnik, que te apresentei o primeiro sitio por que me apaixonei na cidade, não hoje que adivinhaste de olhos fechados o meu donut preferido... obrigada... pelo gorro que me enfiaste até ao nariz em Church Street enquanto me fazias caminhar ao teu lado até ao rio... hoje nunca o teria trazido e hoje, quando o primeiro cristal de neve caiu e me lembrei que era Dezembro tive vontade de rodopiar á tua volta... hoje não teria trazido o gorro que me ofereceste e nunca teria conseguido entardecer em Battery Park encostada ao teu ombro... enquanto Dezembro nevou sem pressa sobre o Hudson...
venerdì 1 dicembre 2006
3º GUERRA MUNDIAL...
Há duas hipóteses... ou continuamos a fazer de conta que é um problema de quem o tem ou de uma vez por todas assumimos que é um problema de todos...
Fiquei preocupada quando à hora de almoço a Maria João Ruela lançou os números... a Sida é a 1ª causa de morte na faixa etária entre os 30 e os 49 anos na zona de Lisboa e Vale do Tejo... já não fui capaz de engolir o bife... foram descobertos 23 mil novos casos de Sida na Europa no último ano, só em Portugal foram 2600! Quer isto dizer que podemos não contribuir com mais nada, mas pelo menos 10% dos infectados com HIV na Europa são portugueses... ena... só mais um dado que nos cola ao 3º Mundo...
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